RAÇAS PIAU E PIETRAN
PIAU
O porco Piau é uma raça suína nativa da região central do Brasil, abrangendo áreas como Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Seu nome deriva do tupi, significando “o que tem manchas”, uma referência à sua pelagem malhada ou pintada. Essa raça possui uma relevância econômica e alimentar significativa para os pequenos produtores rurais, sendo reconhecida como uma das melhores e mais importantes raças nacionalizadas do país.
CARACTERÍSTICAS
As características morfológicas distintivas do porco Piau incluem uma coloração creme com manchas pretas bem definidas, distribuídas de forma proporcional por todo o corpo, e orelhas de tamanho médio que pendem para os lados e para baixo, em um estilo ibérico. Além disso, essa raça é valorizada por sua aptidão tanto para carne quanto para a produção de toucinho.
A concentração inicial da raça Piau foi especialmente marcante na bacia do rio Paranaíba até a década de 1970, com a presença de grandes criadores nessa região. Acredita-se que a formação da raça Piau resultou de cruzamentos entre animais das raças Canastra, Polland-China e Duroc, resultando em uma considerável variabilidade entre os porcos Piau, com indivíduos de diferentes tamanhos.
HISTÓRICO DA RAÇA
O trabalho inicial de seleção da raça foi conduzido pelo dedicado Prof. Teixeira Viana, médico-veterinário e zootecnista, na Fazenda Experimental de Criação de São Carlos (SP), por volta de 1939. Esse esforço visava uniformizar a raça, selecionando animais com porte mais desenvolvido, boa conformação e características de pelagem distintivas.
O padrão da raça Piau estabelecido inclui uma série de características morfológicas desejáveis, desde a cabeça até os pés e pelagem. Por exemplo, a cabeça deve ser de tamanho médio, com perfil subcôncavo e olhos bem afastados, enquanto as orelhas devem ser médias, caídas para os lados e para baixo. O corpo deve apresentar largura, profundidade e proporções adequadas em diversas regiões, como peito, dorso, pernil e barriga, entre outras.
OS DESAFIOS DA RAÇA
Apesar da importância histórica e das qualidades da raça Piau, observa-se uma diminuição de interesse e investimento em seu melhoramento genético nas últimas décadas. A introdução de raças importadas, como Large-White, Landrace, Wessex, Pietrain e Duroc, desde os anos 1970, levou a uma tendência crescente de produção de animais mais produtivos em termos de carne e de melhor qualidade de carcaça.
No entanto, preservar as raças nativas como o Piau pode ser crucial para garantir a diversidade genética e a resistência a doenças. Mesmo que sua utilização direta na produção possa ser limitada, essas raças podem desempenhar um papel importante em programas de cruzamento para melhorar a rusticidade e a adaptação às condições locais. O porco Piau foi a primeira raça nacional a ser registrada na Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) em 1989. No entanto, o número de registros diminuiu significativamente ao longo dos anos, refletindo a tendência de declínio no interesse por essa raça. Preservar essas raças nativas pode ser essencial para garantir a diversidade genética e a sustentabilidade da indústria suína brasileira a longo prazo.
PIETRAN
A raça de suínos Pietrain é reconhecida por sua pelagem malhada, uma característica apreciada por muitos produtores. Originária da Bélgica, essa raça destaca-se pela baixa espessura de toucinho e alta produção de carne, embora esta última seja considerada de qualidade inferior.
Apesar de apresentar um ganho de peso diário mais lento, os suínos Pietrain são conhecidos por seu excelente rendimento de carcaça, resultante de sua eficiente conversão alimentar. Embora sua carcaça seja inferior em comprimento e cobertura de toucinho em comparação com o Landrace e seus mestiços, os suínos Pietrain possuem um olho de lombo maior. Além disso, são caracterizados por sua boa precocidade, eficiência transformadora, prolificidade e qualidades reprodutivas.
A raça Pietrain era praticamente desconhecida na Europa até a década de 1950. Com a mudança nos hábitos alimentares da população, sua reputação cresceu devido à menor porcentagem de gordura em sua carne. Desde os anos 1970, os suínos Pietrain têm sido utilizados em programas genéticos para aprimorar a qualidade da carne, com sua participação nessas iniciativas aumentando a cada ano.
MORFOLOGIA
Os suínos Pietrain possuem pelagem branca com manchas pretas e excelente desenvolvimento muscular, especialmente nos pernis. Sua cabeça é larga, com perfil côncavo e orelhas de tipo asiático, médias e dirigidas para frente.
Apesar de seu temperamento tranquilo, os suínos Pietrain são sensíveis ao estresse. Em relação à qualidade da carne, ela é considerada de alto nível, com o bacon sendo reconhecido como dietético. Embora demandem condições de detenção específicas, esses suínos são criados em quintas privadas para reprodução e melhoramento genético.
Na Rússia, a raça Pietrain não é muito popular devido às exigências climáticas e de cuidados, sendo geralmente criada para melhorar o pool genético do rebanho principal, não estando incluída no Registro Estadual da Federação Russa.
Os porcos Pietrain são suscetíveis a pneumonia e distúrbios gastrointestinais, portanto, a seleção cuidadosa dos produtos para alimentação é essencial. Mudanças abruptas nas condições de criação, dieta ou transporte podem causar estresse nos animais, levando ao desenvolvimento de doenças e problemas de saúde. Por isso, é importante manter um ambiente estável e adequado para o bem-estar desses suínos.
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