RAÇAS CANASTRÃO E CARUNCHO
CANASTRÃO
O porco Canastrão é uma raça suína que teve grande importância econômica e alimentícia no Brasil em um certo período, sendo considerada anteriormente a maior raça de porco do país. No entanto, atualmente, está quase extinta devido ao intenso cruzamento com outras raças, o que dificulta a identificação e recuperação de animais puros.
Origem da raça no Brasil
A origem do porco Canastrão remonta ao período do descobrimento do Brasil, quando os portugueses trouxeram diversos porcos de diferentes tipos que foram deixados no país em diferentes regiões. Ao longo dos séculos, esses porcos se adaptaram e se desenvolveram, resultando nas variedades atuais. É provável que o Canastrão seja descendente de porcos bísaros portugueses, e há a possibilidade de ter algum parentesco com o porco preto ibérico.
No entanto, com a integração da agroindústria a partir de 1970, houve um interesse em melhorar a suinocultura brasileira com a importação de porcos estrangeiros mais produtivos e de aptidão para carne. Isso levou à divisão dos porcos em três tipos: carne, misto e banha. Com a valorização das raças do tipo carne, a maioria dos porcos nativos, incluindo o Canastrão, perdeu espaço devido à sua aptidão para a produção de banha. O cruzamento das fêmeas Canastrão com raças exóticas, aproveitando seu grande porte, contribuiu ainda mais para a quase extinção desses animais.
Finalidade da raça e particularidades
O Canastrão era amplamente utilizado para a produção de banha, sendo considerado, em 1950, a maior raça brasileira de porco existente. Os machos poderiam chegar a 220 quilos e as fêmeas a 200 quilos. Eram animais tardios, prolíficos e as fêmeas demonstravam boa habilidade materna. Sua cor predominante é preta, mas havia também variedades regionais vermelhas (Canastrão vermelho) e com manchas brancas. A pele dos animais adultos era pregueada, e possuíam pelos finos e raros.
Apesar de sua importância histórica, o porco Canastrão enfrenta um sério risco de extinção devido à intensa prática de cruzamentos e à preferência por raças estrangeiras mais produtivas na indústria suína moderna. A preservação dessa raça primitiva tornou-se um desafio significativo, mas sua recuperação pode ser crucial para a conservação da diversidade genética suína no Brasil.
CARUNCHO
O porco caruncho não constitui uma raça propriamente dita devido à falta de um padrão bem definido, sendo mais uma categoria de porco que apresenta alguma variação fenotípica. Embora compartilhe algumas características físicas com raças orientais, como o pequeno porte e as orelhas pequenas, é considerado o porco de menor tamanho no Brasil e está em risco de extinção.
O desinteresse na criação comercial do porco caruncho surgiu com a ascensão da agroindústria a partir de 1970, quando os produtores brasileiros passaram a buscar porcos estrangeiros de maior porte, mais produtivos e de aptidão para carne. Isso resultou na divisão dos porcos em três tipos: carne, misto e banha. Com a preferência por raças do tipo carne, como o porco caruncho é voltado para a produção de banha e tem um crescimento mais lento, acabou perdendo espaço comercial.
Os desafios para manter esta raça
Atualmente, poucos exemplares remanescentes do porco caruncho são encontrados, principalmente em Minas Gerais, Goiás e alguns outros estados, em criações de subsistência. No entanto, muitos desses porcos podem apresentar problemas congênitos devido à alta consanguinidade ou mestiçagem, o que dificulta os esforços de recuperação da raça.
Apesar de seu declínio na indústria alimentícia, o porco caruncho pode ter uma nova destinação como animal de estimação, especialmente nas variedades de menor porte. Porcos miniaturas têm se tornado populares em alguns países, como os Estados Unidos, e o porco caruncho poderia ser selecionado para essa finalidade devido ao seu tamanho menor, temperamento tranquilo e baixa exigência em termos de alimentação e espaço.
Embora o mercado de carne suína esteja em constante mudança devido às preferências dos consumidores e às descobertas sobre saúde e alimentação, estudos recentes indicam que a banha de porco não é tão prejudicial à saúde como se pensava anteriormente. Isso sugere que raças produtoras de banha, como o porco caruncho, poderiam eventualmente recuperar sua importância econômica, embora um processo de recuperação da raça exigiria tempo e cuidado.
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